sexta-feira, 19 de março de 2010

YOGA !

Eu e Minha professora Berenice

Eu e Mª Emília

Toda a turma unida, com exceção da minha pessoa que estava tirando a foto...hehehe

Olá Amigas e Amigos,

Hoje eu estava relendo uma carta linda da minha professora de yoga, minha mestra Berenice, eu ainda a considero e sempre considerarei minha professora mesmo que eu não esteja mais fazendo aula com ela.
Relendo a carta fui relembrando, quando eu pensei em fazer yoga, fui por que percebi que eu estava perdendo o meu eixo, que estava alterada, sem concentração, sem conseguir mais parar pra ler (coisa que eu amo fazer), nem me sentir bem, tranquila enfim eu estava a ponto de um colapso mental.
Eis que depois de pensar, procurar, coisas que me relaxassem recebi um conselho que eu deveria fazer yoga.
Mesmo lendo sobre muitas coisas, nunca havia me detido sobre o tema, yoga e tudo que ela significa.
Mesmo assim resolvi procurar informações sobre aulas de yoga, na realidade eu já havia pensado em fazer yoga tempos antes, mas aquela velha imagem pré concebida de que yoga é o mesmo que alguém na posição de lótus entoando o mantra AUM, não me seduzia.
Enfim derrubei meu "pre-conceito" e saí em busca de alguém que me iniciasse no mundo desconhecido da yoga.
Procurei e achei várias academias, mas como este ambiente não me seduz,
eu relutei muito em tentar relaxar em um lugar que me estressa profundamente como é o caso das academias de ginástica.
Até que um belo dia lembrei que num passado não muito distante, uma amiga da faculdade havia me dado o número do telefone de uma professora de yoga chamada Berenice.
Resolvi ligar para a Berenice que até então era apenas um número de telefone anotado no meu caderno.
Quando liguei a empatia foi de cara, logo engrenamos um bom papo conversamos um bocado e eu falei para ela o motivo que me levou a buscar a yoga, assim marcamos o dia da minha aula experimental.
Fiquei super ansiosa comprei roupa pra yoga, esteira pra deitar na aula, sai feito criança no primeiro dia de aula com material novo.
Qual foi a minha surpresa quando cheguei no prédio e não vi placa nem nada, achei estranho pensei que estivesse no lugar errado, mas o melhor estava por vir, o prédio pequeno o porteiro muito gente boa veio abriu o portão já devia estar acostumado com o movimento...hehehehe
Então ele disse onde era e eu entrei no prédio subi um pequeno lance de escadas, entrei numa sala de espera, continuei e encontrei com umas senhoras, animadas que se cumprimentavam com beijinhos pra lá e pra cá, eu fiquei meio pelos canto sem saber muito bem como me apresentar, mas acabei dizendo que estava ali para minha primeira aula e que não sabia muito bem o que esperar.
O Salão onde a aula corria era um pequeno pedaço do paraíso o chão era tão limpo que eu nem precisava de esteira se eu quisesse, o cheiro de incenso tomava delicadamente as nossas narinas e a sensação de relaxamento já era quase que um passaporte para entrar naquele pequeno templo, as belas mensagens penduradas em flâmulas na parede, as imagens, enfim ali estava um pequeno oásis em meio ao caos urbano de Recife.
As minhas novas amigas me deram a maior injeção de animo, falaram maravilhas e eu fui me animando, foi quando entrou na sala uma senhora muito serena, tranqüila, com cara de professora mesmo, era ela Berenice.
Ela me deu um abraço tão carinhoso que parecia que era um reencontro nosso e quem sabe se não era, acredito em reencarnação, fadas, duendes e tudo mais até que me provem o contrário.
Em meio a esse carinho todo segui para minha primeira aula e só então em dei conta que de longe eu era a mais nova do grupo a média de idade estava de 50 pra cima, aí eu pensei meu Deus o que essas senhoras vem fazer na yoga (mais um "pre-conceito") por que afinal de contas a velhice pra mim sempre me pareceu o período das dores, na coluna, nos joelhos, nos braços enfim...
E na minha primeira aula de yoga, eu ainda meio sem jeito sobre as orientações de Berenice, eu fiquei boquiaberta vendo as senhorinhas realizando os Asanas (posturas da yoga), eu entendi que a única "velhinha" ali era eu, por que aquelas mulheres que tinham tanta força vital, tanta energia boa, tanta sabedoria jamais iriam envelhecer, nem mesmo com o passar dos anos.
E foi assim que eu fui me apaixonando pela yoga, a cada nova aula, a cada abraço carinhoso, a cada conversa animada antes das aulas.
Eu me inseri em um grupo de mulheres tão especiais que se tornaram companheiras de yoga maravilhosas, a quem eu devo muito pelas lições que tirava a cada momento que estive com elas.
Obrigada a Berenice, Mª Emília,Dona Livramento, Isaura todas elas com quem eu tive o prazer de entoar os mantras, de rezar, de meditar, de compartilhar boas energias e amor.
Obrigada por que mostrarem que a velhice está na mente de cada um e muitas vezes ela paira pela cabeça dos jovens senhores de 20 anos, fechando os olhos para as várias possibilidades de ser feliz que a vida nos oferece.

A todas vocês amigas de quem eu tenho alegres lembranças.

2 comentários:

Maic disse...

Olá Julita!

Gostei muito deste seu texto e sei como é bom recordarmos pessoas que fizeram a diferença nas nossas vidas.
É muito bom, de resto, que ao olharmos o passado desfilem na "passerelle" das nossas vivências, pessoas que, um dia, se cruzaram connosco e acrescentaram algo em nós.Depois, ao escrevermos sobre elas, é como que um tributo que lhes prestamos. Um bem hajam.
Muitas matérias vai acumulando para um livro de memórias...! Pense nisso!
Irene

JULIANA GERMANO FARIAS disse...

Ahhh :)
Irene realmente quando escrevemos sobre as pessoas importantes que passaram nas nossas vidas que contribuiram significativamente é realmente um tributo que prestamos a elas é como se fossem eternizadas pelas nossas simples palavras.
Muitissimo obrigada pelo elogio vindo de vc uma pessoa com tanta intimidade com as letras fico lisonjeada.
E quanto ao livro pois bem quem sabe não é já tenho essa idéia na cabeça, só falta agora coloca-las no papel..kkkk
Um bj grande Irene e vc é sempre muito bem vinda aqui.