terça-feira, 9 de março de 2010

Poeminha feito por mim.


Hoje passando por uma avenida movimentada, eu me dei conta de uma coisa.
Eu sinto saudades do mar,
Sinto falta do cheiro da maresia,
Sinto falta do barulho das ondas,
Sinto falta de saber que vou passar a qualquer hora do dia e
Ele vai estar lá hora calmo, hora agitado,
Mas sempre lá
É claro que eu não ia a praia todos os dias,
É claro que eu não caminhava tanto quanto eu desejava pela praia.
Mas só saber que o mar está lá esperando para quando eu tivesse tempo,
para quando eu quisesse ir até ele
Ah, só isso bastava para relaxar,
relaxar,
tranqüilizar.
Por que um problema olhado na beira do mar parece tão pequeno,
uma alegria comemorada na beira do mar parece mil vezes maior.
A cidade em que moro, não tem mar,
não tem nem esquinas,
as ruas não tem nomes,
elas tem números,
o mar daqui é de concreto,
é branco,
tem contornos modernistas,
futuristas,
Aqui não se olha para o mar,
mas sim para o céu,
a imensidão azul .
Aqui o mar é o céu.
Quando me deparei neste lugar eu pensei,
minha mãe é de Aquários
e eu de Peixes,
Sou cercada de água por todos os lados,
Então pensei;
"Se não posso ser peixe,
Tenho que aprender a ser pássaro?"
Mas como boa filha, daquela que embala as ondas,
que canta como sereia,
Eu posso viver em qualquer lugar,
Posso voar, ser pássaro, ser livre, ser menina,
ser mulher, ser mãe e ser filha,
mas eu sempre,
sempre,
sempre,
Corro de volta para o mar.

A minha mãe que me deu o primeiro banho de mar e plantou minhas raízes, onde a água é morna e salgada e o sol brilha como em nenhum outro lugar.

2 comentários:

Maic disse...

Julita,
Achei delicioso, este poema, cheio de nostalgia e saudade à mistura,
O mar que eu esptreito aqui da minha casa ali em baixo é um elemento fundamental no meu equilíbrio, mas a serra também.
Eu tenho o mar de um lado e a serra de Sintra do outro lado.

Gostei de ver a mãe de Julita. É jovem e com um ar muito doce.
A nossa mãe, é sempre doce.
Beijinhos e continue a escrever.

JULIANA GERMANO FARIAS disse...

Obrigada Irene,

Pois bem este poeminha como gosto de chamar é mesmo saudoso, mas não é triste e jamais será por que o mar só me remete boas lembranças.
Muitíssimo obrigada pela sua visita é sempre bom ter vc por aqui e prometo continuar a escrever.
E minha mãe é mesmo doce , vc disse bem " nossa mãe é sempre doce"...hehehehe
Um beijo grande