segunda-feira, 1 de setembro de 2008

HISTÓRIA DA MODA - ESPARTILHO OU CORSET

Séc. XVI/XVII

Séc. XVIII

Séc.XIX



Apesar da imediata associação de "espartilho" com as minúsculas cinturas vitorianas, o espartilho ou corset era usado desde muito antes. Desde que apareceu na história da moda, no século XVI, esta vestimenta tem sido usada para controlar as formas naturais do corpo.

Entre a Antiguidade e a Idade Média, para suportar o tronco era feito com faixas de tecido. Nos séculos XIII e XIV, materiais mais rígidos incorporados às próprias vestes ajudavam a moldar o corpo numa forma esguia. Essa ideia evoluiria para o kirtle, um tipo de colete engomado ou reforçado com cordas amarradas na frente. Eventualmente, o kirtle era usado dentro das roupas. Mais tarde, a idéia de “vestido” seria enfim separada em corpete e saia, permitindo que o corpete fosse justo, enquanto a saia poderia ser absurdamente volumosa com a ajuda de anáguas engomadas e crinolinas.

XVI / XVII


A rigidez era a principal palavra para descrever o espartilho. A cintura ficava rectíssima, mas o busto era erguido e pressionado, e as costas mantidas numa postura recta e distinta, como era de se esperar de uma dama. Tal rigidez era alcançada com um tecido pesadamente engomado, como couro. As cordas eram inseridas em canais costurados entre as camadas de tecido. Para manter as formas ainda mais rectas, uma estreita placa de madeira ou marfim, era introduzida na frente.

XVIII


No século XVIII, as formas começaram a mudar. O corset já não era tão recto mas sim clássico e curvado. Ainda não chegava à febre espartilhada vitoriana, mas a pressão sobre os órgãos internos já começava a fazer os médicos protestarem. Nem as crianças escapavam, assim que atingissem os doze ou treze anos usavam-no logo, supostamente para desenvolver uma postura erguida.

XIX


No século XIX os ilhoses no metal permitiam o espartilho ser ainda mais apertado sem o perigo de rasgar o tecido. As cinturas foram ficando mais estreitas, e os médicos mais preocupados…No entanto, a maioria das histórias de terror que se conta sobre os espartilhos são lendas. Mulheres que treinavam para atingir cinturas extremas, com 30 centímetros ou menos, ocorriam mais ou menos com a mesma frequência e no mesmo contexto da anorexia hoje em dia. Existem relatos sobre a perfuração de órgãos internos, muito comuns. Desmaios frequentes, antes atribuídos à suposta “fragilidade feminina”, são reconhecidos hoje como diminuição da capacidade respiratória pela pressão dos pulmões.

Contudo, em 1914 inventou-se o sutiã e foi abolido rapidamente o uso de corset nos anos 20.

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